3.8.02



Saiu o CD de B-Sides do Green Day, e com isso mudo minhas prioridades de compra no ramo da música. Se bem que alguém podia me dar de presente esse disquinho hein! Pô, ia gostar muito...

Capítulo XV - Decisões


O júbilo de Jeitosinha durou pouco. Se num primeiro momento a idéia de ter
salvo a humanidade era alentadora, horas depois o que a fantástica
experiência lhe causava era mais revolta e dor.

De que adiantava ter salvo o mundo, se não obteria pelo seu ato qualquer
tipo de reconhecimento? Para o restante da humanidade, ela continuava sendo
aquele ser anacrônico, discriminado por fugir dos padrões.

Só uma pessoa na cidade estava se sentindo mais angustiado: Bruno.

Num bairro distante, trancado em seu apartamento, o pobre rapaz refletia
sobre a grande - bota grande nisso - emoção que sentiu em sua primeira noite
de amor com Jeitosinha.

"Será que eu gostei porque era a minha amada?", perguntava-se. "Ou será que
tamanho prazer adveio do fato de que tratava-se de um homem? Sou hetero ou
gay?".

- Quem é você? - Gritou Bruno angustiado, olhando sua imagem no espelho.

Sentia-se sujo. Seus desejos o incomodavam, como se ele tivesse
experimentado a fruta do pecado.

Mas sabia que Jeitosinha era uma vítima, como ele. Ele podia entender que a
namorada era um modelo de virtude e pureza, e que seu gesto, ao seduzi-lo,
era apenas uma grande manifestação de amor!

Por um momento, olhou para o problema sob outra perspectiva, muito menos
dramática:

"Sim, Jeitosinha é pura. É a minha Jeitosinha. Em nome desta pureza vale a
pena continuar com ela!", concluiu.

Se ela fosse um travesti vulgar... mas não! Ela foi criada como uma mulher,
sob rígidos padrões morais! Quem sabe eles ainda pudessem ter uma vida
juntos, mantendo a condição de Jeitosinha em segredo?

Num fragmento de sonho, Bruno se viu casado com ela, vivendo grandes noites
de amor e criando duas crianças adotadas - Cléverson Luís e Suelen Aparecida
- como se fossem seus filhos biológicos. Pensou em procurar a sua doce amada
naquele mesmo momento e propor a realização do casamento, tão desejado em
tempos menos complicados.

Mas antes precisava enfrentar seu próprio demônio interior. Precisava saber
se o que sentiu naquela noite mágica foi amor ou pura volúpia. Precisava,
enfim, fazer amor com outro travesti e colocar-se à prova!

Bruno resolveu que aquela noite iria a um bordel atrás de respostas. Iria
buscar reviver, com uma vulgar criatura da noite, emoções tão... hã...
grandes quanto as que viveu com sua inocente Jeitosinha.

Mal poderia imaginar a grande surpresa que o esperava...

Confira amanhã o próximo e emocionante capítulo!



Que filme tu és?



Botei fé!

Alguém foi no Gate's ontem?!?


Que CARRO tu é?



Pô, eu gosto de Fusca.


Que celular você é?



Nada a declarar.

Adoro Beatles, mas essa Usina do Som tá me sacaneando! Pô, fiz uma rádio que nem tinha beatles e quando vou ouvir... trááááá, Beatles! Pô!

Vou voltar a postar testes aqui, já que qdo botei o da Malhação Direector's Cut muitos disseram: "Pô, já tava sentindo falta". Então lá vai, tá meio desatualizado, mas enfim.


Quem você é do BBB 2?


Além de ser a mais massa era a mais gata.

Pô, festinha na casa da Cintia foi maneira. Altos bizarros. Carinha pegando duas garotas, mas sem ser um ménage; mulher com o umbigo no meio da barriga, q infelizmente não vi; um mulek com uma camisa do slayer; e o destaque da festa: velinha que não parava de tocar "Parabéns pra vc!". Enfim, boa viagem aí Cintia!

Depois a gente baixou na UnB pra acabar a festa, chegamos e o Rockacola tocou a última música. Mas ainda deu tempo pra dar pálas com Pedrão, Arthur e outras pessoas esquisitas. Sem contar Fábio Baiano e outras pessoas que sempre devem ser sacaneadas.

p.s.: a trilha sonora da noite foi muito reggaezão!

Capítulo XIV - Jeitosinha e Arlindo nas mão dos ETs

Lentamente Jeitosinha foi recuperando a consciência. Nos primeiros minutos,
aquele cenário de ficção científica parecia apenas um sonho estranho. Mas à
medida em que as imagens ganharam contornos e cores - e que aflorou em sua
mente a lembrança dos últimos momentos no carro - um indescritível pânico
tomou conta de nossa heroína.

Seu grito agudo acordou Arlindo que, como ela, encontrava-se atado a uma
chapa metálica, quase verticalmente.

A sala estava deserta mas, minutos depois, duas das criaturas verdes
entraram no ambiente.

Mesmo sendo de uma espécie muito diferente, Jeitosinha sentiu que aqueles
seres estavam muito tristes. Seus enormes olhos revelavam esta condição.

Usando um estranho aparelho, que acoplado à boca do extraterrestre
funcionava como um tradutor, a criatura que parecia liderar as demais
dirigiu-se ao casal.

- Creio que lhe devemos explicações...

Jeitosinha e Arlindo estavam paralisados pelo medo. O homem verde continuou:

- Meu planeta está passando por uma crise terrível. Construímos uma
civilização poderosa e avançadíssima. Controlamos todo a nossa galáxia, mas
estamos condenados à extinção.

Os rostos curiosos dos irmãos não moviam um só músculo, enquanto o ET
narrava sua história.

Ele explicou que, por um capricho da biologia que a ciência não conseguiu
contornar, estava nascendo em seu planeta um número infinitamente inferior
de mulheres, numa comparação com o número dos homens. Pelos cálculos dos
cientistas, em não mais que quinhentos anos seu povo terá desaparecido, a
não ser que se encontre uma alternativa para se reverter o quadro.

- Numa análise superficial - continuou a criatura - percebemos que talvez
fosse possível utilizar as terráqueas para gerar nossos filhos. Se a idéia
se confirmasse, nossa intenção era a de exterminar todos os homens e levar
conosco as mulheres. Minha missão veio à Terra com o propósito específico
de, analisando a anatomia femina, abortar ou autorizar a operação.

O homem verde deixou-se desabar numa cadeira, vencido pelo desânimo.

- Mantivemos você sedada por seis horas - disse, dirigindo-se a Jeitosinha -
e descobrimos, depois de estudá-la, que a máquina humana é muito mais
complexa do que esperávamos. Vocês, mulheres terráqueas, são bastante
parecidas com os homens.

Jeitosinha esforçou-se para não demonstrar sua enorme alegria: ao ser
confundida com uma mulher, sem querer ela havia salvado a raça humana da
destruição total!

- Vamos libertá-los e partir atrás de outros mundos. - Encerrou o ser.

Já de volta ao carro, ainda atônita por aquele turbilhão de emoções,
Jeitosinha abraçou seu irmão e inimigo:

- Você entende, Arlindo? Minha vida tem um sentido! O que são nossas rusgas
do dia-a-dia diante desta experiência tão avassaladora?

Arlindo afastou Jeitosinha e esboçou um sorriso pálido.

- É, irmã. Foi bom. O dia está nascendo e devemos voltar para casa. Mas como
a vida continua, amanhã você estréia no bordel.

O que estes ETs vieram fazer na história? Será que se foram da mesma forma
estúpida com que entraram?

Confira amanhã o próximo e emocionante capítulo!

Capítulo XIII - Reconciliação de Jeitosinha e Bruno

A família finalmente percebeu que Ambrósio estava desaparecido. Ele não
havia voltado da pescaria nem dado sinal de vida. Marilena chamou a Polícia,
que pareceu não dar muita importância à ocorrência. Os dois policiais
fizeram poucas perguntas, anotaram um boletim de forma burocrática e se
foram em poucos minutos, levando uma foto do homem.

Jeitosinha chegou em casa quase na hora do almoço. Os irmãos não perceberam
que ela passara a noite fora, mas sua mãe sim.

- Onde você estava? - Perguntou. Jeitosinha ignorou a abordagem.

- Sorte sua seu pai não estar por aqui. Ele não ia gostar disso... -
insistiu Marilena, com um tom seco de reprovação na voz. A resposta da filha
foi carregada de ironia:

- O que poderia preocupá-lo, mamãe? O risco de que eu perca a virgindade ou
volte grávida para casa?

Marilena tentou acariciar o cabelo da filha, que afastou sua mão com um
gesto brusco.

- Não me encoste! Eu odeio você! Um fio de lágrima escorreu pela face
esquerda da sofrida mãe.

- Querida... Você é tão jovem... Tem uma vida pela frente! Ainda há tempo de
encontrar a felicidade...

- Como eu poderia ser feliz? Eu sou uma mulher aprisionada no corpo de um
homem!

- Veja o lado positivo... - tentou consertar Marilena - Você não tem tensão
pré-menstrual, não precisa sentar-se em privadas sujas de boate... Mantenha
a calma e a resignação. Você ainda encontrará algum homem que a aceite como
você é!

"Sim", conjecturou Jeitosinha. "Este homem talvez seja Bruno. Mas como ele
estará se sentindo depois de nossa estranha noite de amor?". Ela pensou
durante todo o dia no seu amado, reunindo forças para enfrentar sua primeira
noite no bordel de luxo.

Curiosamente, a expectativa de entregar-se a estranhos não a incomodava.

Desde a revelação de sua condição, ela não se reconhecia naquele corpo.

Não sentia que tivesse que zelar dele.

Eram nove da noite quando Jeitosinha entrou no fusca de Arlindo, rumo à casa
de encontros. O local ficava próximo, mas era preciso percorrer um pequeno
trecho numa estrada pouco movimentada.

Justamente quando passavam pela parte mais escura e deserta do percurso, uma
luz surgida do nada cegou momentaneamente Arlindo, impedindo-o de dirigir.

O rapaz pisou no freio abruptamente. Antes que pudessem esboçar qualquer
reação, as duas portas do carro foram abertas, e o casal foi retirado de
dentro do veículo por mãos poderosas.

Pouco antes de tomar uma descarga elétrica que a faria perder os sentidos,
Jeitosinha pôde ver a face de seus raptores: eram homenzinhos verdes
vestindo estranhos macacões prateados.

Jeitosinha e Arlindo nas mãos de ETs!

Confira amanhã o próximo e emocionante capítulo!

Capítulo XII - Destino Cruel

Jeitosinha não acreditava no que acabava de ouvir. Desde a revelação de seu
trágico segredo, sentia-se num pesadelo sem fim. Não bastasse todo o ódio em
seu coração, o estranho desfecho da morte do pai e a perda de Bruno, seu
amado, agora a nossa heroína era chantageada pelo cruel Arlindo!

- Você quer que eu me prostitua?

- Sim. - concordou o irmão, sem um pingo de emoção na voz - Existe um bordel
de luxo aqui perto de casa... Pessoas exóticas como você podem ter um bom
valor no mercado.

- M-mas... Eu sou virgem! Sou inocente! - retrucou Jeitosinha, aos prantos.

- Pois você tem até amanhã para aprender o que precisa.

Arlindo deixou o quarto da loira batendo a porta. Adenair entrou em seguida,
curioso em saber o que acontecera. Jeitosinha contou resumidamente a
história.

- Mas não pode ser! Você precisará matá-lo também! - reagiu o enrustido,
batendo o pezinho nervosamente.

- Sim, mas não poderei fazê-lo agora. Não com o estranho desaparecimento do
corpo de papai. Precisamos desvendar primeiro este mistério. - disse
Jeitosinha, recompondo-se.

- Então você...

- Não resta outra alternativa, Adenair. Terei que me submeter aos caprichos
de Arlindo. E pode ter certeza: estarei mais pronta amanhã do que ele pensa!

*****

Pela primeira vez desde o rompimento, Jeitosinha voltou àquela noite ao
apartamento de Bruno. Encontrou-o em estado de total desespero, sorvendo
doses e mais doses de uísque barato.

- Você destruiu a minha vida! - Lamentou o jovem.

A loira, usando um vestidinho curto, sentou-se no seu colo. Numa explosão de
luxúria, enfiou a língua na boca de Bruno, antes que ele pudesse esboçar
qualquer reação.

Num primeiro momento ele retribuiu ao carinho, mas logo lembrou-se de que
estava beijando um homem. Rejeição e desejo se sucediam em ondas no coração
de Bruno. Mas ele havia bebido bastante e amava Jeitosinha...

No dia seguinte, consumada uma louca e completa noite de amor, a loira
acordou e viu Bruno, de pé, contemplando-a . Ela abriu um sorriso, mas não
foi retribuída.

- Você é tão bonita... - murmurou o rapaz, com um semblante que mais sugeria
um lamento que um elogio.

- O que você achou da noite, meu amor?

- Eu... Eu estou confuso... Foi tudo muito diferente... Me vi fazendo coisas
que nunca imaginei ser capaz...

- Calma amor... - respondeu docemente Jeitosinha - Sente-se aqui ao meu
lado. Vamos conversar melhor sobre isso...

- Bem... - respondeu Bruno, com um sorrisinho sem graça - podemos até
conversar. Mas sentar eu não consigo...


Capítulo XI - Revolta de Arlindo


- Você nunca me enganou, Jeitosinha... - A voz de Arlindo destilava revolta
e ódio.

- Vou contar seu segredo ao papai, assim que ele voltar da pescaria!

Aliás, vou contar ao mundo!

- Contar ao papai? - Espantou-se a moça. Então Arlindo não sabia que o pai
estava morto! Não foi ele quem escondeu o corpo!

Jeitosinha estava tão fragilizada que acabou assumindo sua bizarra condição
ao irmão.

- Sim, Arlindo. Sou uma mulher aprisionada no corpo de um homem. Mas sou a
maior vítima desta situação! Eu lhe imploro: não revele o meu segredo!

- Não adianta, Jeitosinha... - retrucou o magoado Arlindo - Toda a minha
vida brinquei com cavalinhos feitos de palitos de fósforo fincados em
batatas, enquanto a princesa tinha os mais caros brinquedos. Toda a vida
dormi espremido num beliche, com os pés do Amarildo tocando as minhas
narinas, enquanto você tinha seu quarto e finos lençóis de seda...

Arlindo agarrou Jeitosinha pelos braços e fitou o fundo de seus olhos.

- Mas o que eu nunca vou perdoar mesmo foi aquela surra que levei quando
descobri a verdade sobre você... - Arlindo tremia de rancor.

- Mas nem eu mesma sabia! - Tentou defender-se Jeitosinha. "- Chega! Chega
de suas mentiras!

- Arlindo virou-se em direção à porta. A irmã, desesperada, lançou-se ao
chão e abraçou seus pés.

- Não, Arlindo... Por favor! Eu faço qualquer coisa!

- Qualquer coisa? - O tom do rapaz agora era mais suave. - Comece
mostrando-se para mim. Quero vê-la nua!

Relutante, Jeitosinha livrou-se de suas roupas e revelou seu corpo perfeito
de mulher.

Bem, quase perfeito.

- Não é justo... - Balbuciou Arlindo, apontando o apêndice que fazia de
Jeitosinha um quadro surrealista - Até neste quesito você ganha de mim...

- Por favor, não seja rude comigo...

- O quê? - espantou-se o moço - Você imaginou que eu quero tocar você? É
ruim, heim?

- Mas... O que você quer então? - Perguntou a moça, voltando a se vestir...

- Você vai me render dinheiro, irmãzinha. Muito dinheiro!

O que Arlindo pretende? Como Jeitosinha sairá dessa?

Confira amanhã, no próximo e emocionante capítulo!

É mermo, tô esquecendo de postar a jeitosinha. Foi mal!

Mais uma dica da Laura que me chega por e-mail: tem uma entrevista do Pinduca no site MundoRock.net, entra lá ô!


prot(o)

p.s.: Se o Pedro Ivo ainda tiver entrando aqui... aí Pedro, qdo é q vcs vão chamar a gente pra ir lá nas gravações?

Post meio relâmpago: o preço do "encontro" com Laura P. é de 1 real até as 18 horas de hj. Quem estiver interessado, contacte-me.

30.7.02

Abrindo uma seção nova no blog: Classificados. E o primeiro anúncio é um tanto inusitado. A baixista do Megafone tá, digamos, prostituindo-se e essa semana tá rolando uma promoção especial de inauguração até sábado. Portanto se alguém se interessar entre em contato com ela ou se for o caso faço as de cafetão tb.

Capítulo X - Mistério na casa de Jeitosinha

Naquela manhã de Segunda, a mãe e os sete irmãos sentaram-se juntos para o
café, na longa mesa da copa. Era tradicionalmente o momento em que a família
colocava seus assuntos em dia.

Mas um silêncio incômodo pairava no ar.

Jeitosinha sondou cada rosto, buscando em algum deles um sinal que indicasse
quem escondeu o corpo de Ambrósio. É claro que o pai não retornara da
pescaria na noite anterior. Mas porque ninguém parecia se importar com o
fato?

Disfarçando o nervosismo, a moça arriscou perguntar à mãe:

- O papai não voltaria ontem?

- Sim, querida. - respondeu Marilena - Mas ele ligou dizendo que uma ponte
caiu e que eles estão isolados na vila onde foram pescar.

- Era a voz dele, mãe? Tem certeza?

- Que pergunta... Claro, minha filha. A ligação estava ruim, mal escutei o
que ele dizia. Mas quem mais poderia ser?

Arlindo, o ciumento irmão mais velho, esboçou um sorriso enigmático, que
Jeitosinha rapidamente captou como um indício de culpa. "Sim! Arlindo! Só
pode ser ele!", pensou. "Arlindo sempre desconfiou de que havia algo errado
comigo. Ele nunca perdoou papai pelo carinho que me dedicava. Ele sabe, por
alguma razão, que fui eu quem matei papai e apagou as evidências como parte
de um plano de vingança! Mas porque esconder o corpo, ao invés de
simplesmente me entregar à Polícia?". As perguntas atormentavam a mente
limitada de nossa heroína loira.

Ela voltou para o quarto, cobriu o rosto com o travesseiro e começou a
chorar baixinho.

No princípio, chorava por medo. Pela confusão que tomara conta de sua vida.

Mas logo sua dor se transfigurou, e Jeitosinha passou a verter seu pranto
por saudades de Bruno. Lembrava-se das mãos do amado percorrendo seu corpo.

Sentiu um calafrio e uma onda de excitação só de imaginar o toque suave de
seus dedos.

Neste momento, abruptamente, Arlindo abre a porta. Jeitosinha ainda tem
tempo de disfarçar as lágrimas. Mas não a ereção.

- Ahá... Eu sabia! - Bradou o irmão, radiante, enquanto uma descarga de
adrenalina fazia desaparecer do jeans apertado o volume comprometedor.

Conseguirá Jeitosinha escapar da revolta de Arlindo?

Confira amanhã, no próximo e emocionante capítulo!

Capítulo IX - Grande surpresa


Passava da meia-noite quando Jeitosinha voltou para casa. Seu álibi foi
perfeito: consumiu as últimas horas estudando Geografia com uma amiga, como
costumava fazer.

Ela estava impressionada com a própria frieza: conseguiu concentrar-se nos
livros e conversar amenidades como se nada tivesse acontecido. Mas ainda
sentia nas mãos o tremor da serra elétrica. Os gritos de ambrósio
continuavam ecoando em seus ouvidos.

Eram sensações surpreendentemente gostosas.

Arrependimento mesmo, só o de ter perdido o capítulo da novela das nove.

"A mamãe eu matarei na hora do Jornal Nacional", jurou para si mesma.

As luzes da sala estavam acesas. Viu pela janela os vultos de seus
familiares. Entrou pela porta principal preparando-se para fingir dor e
desespero ao se deparar com os pedaços de carne e ossos de seu pai
espalhados pela sala. Mas qual não foi o seu espanto ao perceber que não
havia na casa um só vestígio de seu crime hediondo!

Quatro de seus irmãos, inclusive Adenair, estavam assistindo TV,
tranquilamente. Sua mãe havia se recolhido ao quarto.

- Onde está o papai? - Perguntou.

- Foi pescar. - Respondeu Amarildo, o segundo filho de Ambrósio e Marilena.

- Pescar?

- Sim, deixou um bilhete com a mamãe, dizendo que resolveu na última hora e
que volta amanhã à noite.

As belas pernas de Jeitosinha estremeceram e ela sentiu uma estranha
vertigem. Realmente seu pai era dado a estes rompantes e o sumiço não
chegava a espantar ninguém em sua casa.

"Será que tudo não passou de uma alucinação?", questionou-se.

Mas não. Observando o revestimento plástico do sofá onde o crime havia
acontecido, percebeu o cheiro de detergente e marcas de pano, que sugeriam
uma limpeza recente. Jeitosinha puxou seu cúmplice, Adenair, até o quarto.

- O que está acontecendo?

- Eu é que te pergunto! - retrucou o irmão - Você não iria matar o papai?

- Matei! Eu matei! Alguém escondeu os restos, limpou a sala e ainda deixou
um falso bilhete para a mamãe!

Adenair deu um gritinho ansioso e histérico. Jeitosinha esbofeteou-lhe a
face e disse, resoluta:

- Calma. Você já esperou mais de 20 anos. Não acho que seja a melhor hora
pra soltar a franga...

Que estranho mistério se esconde na casa de Jeitosinha?

Confira amanhã, no próximo e emocionante capítulo!




Quem é você na Malhação? Director's Cut



César Rodriguez foi foda!

29.7.02

E hoje o dólar chegou em 3,18 reaus! É mermão, o Lula é foda, fica aí fazendo o dólar subir. E diz que o FHC vai dar um jeito de amarrar o Serra no dólar.

Hoje ouvi "Don't Worry About Me do Joey Ramone" e devo dizer que a gente a música muito boa! Acho que o fato do cara ter morrido deixa a música mais triste quando se ouve a letra, mas é um musicão. Botei na rádio tb.


Rita e Serra tão ficando?!?

Então a rádio Encarando a Face do Mal na Usina do Som já tá funcionando direito, quem quiser ouvir algumas coisas que gosto, o endereço é www.usinadosom.com.br, aí vc procura em rádios pessoais por Encarando a Face do Mal. Tem desde gravações do Bois pra coletânea Banana 2, ainda com o Toco no vocal- até um remix meio dance de Hash Pipe do weezer. Tem também prot(o), Los Hermanos, Strokes(em versões de EPs e When It Started), Beatles, Sonic Youth, enfim, altas bandas boas. Vai lá ô!

Capítulo VIII - Falsa loira nua

Adenair, que era estagiário na Secretaria de Meio Ambiente do município, conseguiu, sem chamar a atenção, retirar uma moto-serra no almoxarifado da Prefeitura. Como o dia seguinte seria um Domingo, ele teria tempo de limpar a ferramenta e devolvê-la a seu local de origem antes que dessem pela sua falta.
Ao cair da noite, ninguém na família poderia imaginar o drama que se desenrolaria nas próximas horas. Um por um os irmãos mais velhos foram saindo, como quaisquer jovens numa noite de Sábado. Adenair foi o último a deixar a casa. Controlando as emoções, despediu-se do pai sem despertar suspeitas.
Enfim, a sós, Jeitosinha e Ambrósio assistiam ao telejornal das oito. Ela usava um vestidinho curto. Balançava provocativamente as pernas, mostrando toda a extensão de suas coxas bem torneadas. A loira sabia que o pai moralista logo iria implicar com a roupa.
- Precisa usar um vestido tão curto? Vá já se vestir direito! - Ordenou Ambrósio, apontando para o quarto de Jeitosinha.
Era a deixa que a moça esperava. Ela entrou no seu quarto e reapareceu poucos minutos depois, causando a última e pior visão que aquele homem rude jamais tivera.
Sua filha, seu meigo tesouro, estava completamente nua, portando a serra elétrica. Mas o maior espanto de Ambrósio foi constatar a existência de uma outra ferramenta, pendurada entre as pernas da bela loira. Ficou em estado de choque ao ver o tamanho da jeba, muito maior que a dele.
- N-não pode ser! Não pode ser! O que é isso? - Balbuciou o homem, com uma expressão patética, indicando o bráulio de Jeitosinha.
- Isto sou eu, papai! Eu sou o monstro que você criou!
O som ensurdecedor da serra abafou os gritos desesperado do homem, que de tão surpreso sequer teve forças para lutar.
Minutos depois, tudo era silêncio e calma. Jeitosinha tomou um banho demorado, vestiu-se, escondeu a serra elétrica num terreno próximo, seguindo o plano previamente combinado com o irmão, e dirigiu-se tranquilamente à casa de uma amiga, deixando montado na sala de sua casa um cenário dantesco.
Estava encerrada a primeira etapa de sua vingança.
Ou pelo menos Jeitosinha imaginava que sim...



Quem curtiu o visual "verde" do blog levanta a mão e bate palma! Uhu!

Capítulo VII - Plano de vingança


Não foi difícil para Jeitosinha convencer Adenair a juntar-se a ela em seus
planos de vingança. Ele sabia que seu pai, violento e castrador, jamais o
deixaria sair do armário. Com Ambrósio morto, um novo horizonte, muito mais
colorido, se desenhava à sua frente.

- Já pensou, Jeitosinha? Vou poder comprar um Ka dourado... Colocar
piercings nos mamilos... Fazer backing vocals no show do Edson Cordeiro!

Adenair só não estava muito certo sobre a morte da mãe. Marilena sempre foi
uma mulher zelosa de seus filhos, e muito carinhosa com os sete.

- Você acha que o erro da mamãe foi assim tão grave? - perguntou.

- Se eu acho? - indignou-se Jeitosinha - Minha vida foi uma farsa!

- Mas sempre é tempo de recomeçar... Você pode fazer uma operação de troca
de sexo...

- Não é tão simples. Eu gosto de mim como sou! O problema é que o mundo não
está preparado para aceitar pessoas diferentes!

- Pôxa... O mundo aceitou o Michael Jackson! - ainda insistiu Adenair.

Mas Jeitosinha estava decidida.

- A vingança vai começar. Papai será a primeira vítima.

- Qual é o seu plano?

- Amanhã é Sábado. Neste dia, à noite, todos os nossos irmãos saem para se
divertir. Mamãe tem a novena na casa de Dona Nair e papai e eu costumamos
ficar sozinhos em casa.

Adenair ouvia com atenção o plano traçado por Jeitosinha na noite anterior.

- Papai terá uma morte violenta. Sangrenta. Algo tão hediondo que ninguém
suspeitará que o crime poderia ter sido praticado por uma pessoa como eu,
uma jovem loira, maravilhosa e frágil...

- E como eu poderei ajudar? - Perguntou Adenair.

Jeitosinha esboçou um sorriso estranho e respondeu, num tom seco:

- Me arranje uma serra elétrica!

Sangue! Corpo esquartejado! Falsa loira nua!

Confira no próximo e emocionante capítulo!

Capítulo VI - O plano macabro de Jeitosinha

Dos seis irmãos, só o mais velho não se dava bem com Jeitosinha. Todos os outros nutriam um enorme carinho pela caçula. Adenair, o sexto filho, um ano mais velho que a irmã, era o grande amigo e confidente da moça.
- O que foi, Jeitosinha? Você parece distante... - perguntou Adenair, durante o café da manhã.
Jeitosinha percorreu a cozinha com os olhos e certificou-se de que os dois estavam sozinhos.
- Irmão... Você saberia guardar um segredo muito importante?
O moço gelou por dentro. Embora Jeitosinha não suspeitasse, Adenair também guardava um mistério. Ele balançou a cabeça positivamente, respondendo à pergunta.
- Então, vem comigo... A loira puxou o irmão pela mão até o seu quarto. Trancou a porta e desabotoou a calça jeans.
- Que isso! O que você está fazendo, Jeitosinha?
Sem dizer uma palavra, jeitosinha exibiu seu membro masculino a Adenair.
-Não! Não pode ser! Me diz que isso é de borracha e que hoje é Primeiro de Abril! - reagiu o rapaz.
- É o que você está vendo, irmão... Eu sou homem!
- Não, Jeitosinha... Isso aí não quer dizer muita coisa... - o olhar de Adenair era estranho - Eu também tenho um e... e...
Jeitosinha entendeu na hora. Então não era por acaso que Adenair comprava todos os discos da Celine Dion e anotava as dicas da Ana Maria Braga.
- Adenair... Você é gay?
- Sim! Minha condição é muito pior do que a sua! - confessou o irmão, entre soluços - Você pelo menos pode usar aquele vestidinho pink ma-ra-vi-lho-so!
Jeitosinha abraçou Adenair e enxugou suas lágrimas com os dedos.
- Adenair... Só me tira uma dúvida...
- É, fui eu sim. - emendou o rapaz - Sua Barbie está no fundo da minha gaveta de meias... E agarrou-se a Jeitosinha com uma enorme sensação de alívio.

Será que Adenair vai se juntar à irmã no plano de vingança?
Confira no próximo e emocionante capítulo!

Capítulo V - Bruno e Jeitosinha

Desilusão, medo, vergonha. Sentimentos variados dominavam a cabeça de Bruno quando Jeitosinha lhe expôs sua triste verdade. Sentia que ainda a amava e até compreendia que ela era a grande vítima desta trapaça do destino, mas o amor estava isolado por um intransponível muro de aversão.
Não podemos continuar juntos, meu amor! Eu sou hetero!
Mas Bruno... Eu continuo sendo a mesma!
- A mesma? Com aquele coisa enorme, que parece um celular Motorolla daqueles antigos? Não, Jeitosinha. Lamento, mas está tudo acabado entre nós!
"Que somos, senão germes rastejantes num enorme teatro do absurdo?", pensou a loira, tomada pelo desânimo. Jeitosinha voltou para casa com passos lentos, como se carregasse o mundo nas costas. Ao entrar em casa deparou-se com Ambrósio.
Onde você estava, tesouro? Papai já lhe disse que uma mocinha frágil não pode ficar zanzando por aí!
Embora fosse um homem violento, Ambrósio era sempre doce e atencioso com Jeitosinha. Por isso mesmo a filha, até então, o adorara. Mas agora, sabendo que vivia uma farsa, e que a origem de todo o seu sofrimento era o medo imposto a Marilena por aquele homem, sentia ânsias de vômito só de olhar para o seu rosto.
"Vingança! Era tudo o que Jeitosinha queria naquele momento! A vingança penetrou cada pequena veia de seu coração, antes ocupado pelo amor que sentia por Bruno.
Controlando o tom de voz e forçando um sorriso, Jeitosinha respondeu ao pai:
- Estava estudando com umas amigas. Estou com muita dor-de-cabeça e vou me deitar, papai. A moça se trancou no
quarto e tirou da bolsa uma revista pornográfica, que acabara de comprar numa banca próxima à casa de Bruno.
- Então são assim os homens e mulheres! - disse baixinho para si, enquanto folheava a publicação.
Completamente nua, viu no espelho que era uma mulher perfeita. Comparou seu pênis com os dos atores pornôs da
revista. Eram muito parecidos, embora o de Jeitosinha fosse maior. Tocou-se como nunca havia se tocado. Deixou-se dominar pela libido, livre da repressão imposta pelo pai. Ao se deitar para dormir, Jeitosinha estava muito triste, mas não havia perdido a razão
de viver. Ela sabia que tinha uma missão: Destruir Ambrósio, Marilena e Bruno.
Qual será o plano macabro de Jeitosinha?

Confira no próximo e emocionante capítulo!

28.7.02


Faço coro!

Cacete! funciona porra!


Putaquepariu!

Alô alô! Testando!